Por um tempo, senti que meu mundo desabou … de novo.
Incrível, como as coisas ao nosso redor nos afetam…
Incrível, como a maneira que as pessoas nos tratam também…
Difícil viver em um mundo que tudo não depende simplesmente de mim, mas sim, de um todo — onde cada ação minha tem uma reação tanto pra mim quanto para os outros ao meu redor, e vice versa.
Quantas vezes já não fui pega de surpresa e fui obrigada a colher consequências pelas ações de outras pessoas? Ações essas, que me atingiram e afetaram de uma maneira catastrófica. Como uma plantação de moranguinho no meio de uma tempestade: cai água, cai pedra, e venta tanto que acaba com tudo pela frente.
Como reagir quando tudo acabar? Sonhos, planos, desejos, amores, esperança, tudo, fim. Não sobrar nada. Absolutamente nada.
Chega um momento que o que os outros falarem será invalido. Pois ninguém entende realmente… ninguém tem a mesma pedra no sapato.
As vezes temos que fugir da realidade miserável para sobreviver as tempestades que hão de vir. Já me escondi na literatura, onde fugia do meu mundo para um de mentira. No tempo, onde mantive uma agenda lotada pra perder a noção dos dias e das horas. Na nostalgia, onde esquecia do presente e fugia do futuro no passado.
Quantas vezes meus sonhos mais lindos e meus planos de um futuro foram destruídos por acontecimentos que não tive como controlar? Muitas vezes. Ainda lembro de todas elas.
Mas tudo que foi me dado, foi porque eu aguento o trampo e porque tenho algo a aprender. Se eu gosto disso? Não. Mas eu sei que da mesma forma uma tempestade destruidora se assemelha com os desafios da minha vida, no seu findar também terei um dos mais belos espetáculos colorido.
Hoje, parece que a tempestade acabou. Agora, estou ansiosa a procurar o prisma das cores que logo logo vai aparecer no céu. No meu céu.